15 de maio de 2018

Fluxo de caixa direto e indireto: o que são?

A saúde financeira de uma empresa deve ser sempre uma prioridade, até mesmo porque é ela a responsável por manter a sobrevivência de um empreendimento frente a concorrência de mercado. Mas o que isso tem a ver com fluxo de caixa direto e indireto?

Bom, para quem não sabe, o fluxo de caixa direto e indireto são maneiras criadas para se ter uma gestão ainda mais eficiente. Muitas empresas desconhecem os principais métodos para garantir um bom fluxo de caixa direto e indireto. Por esse motivo, acabam criando dificuldades maiores na hora de fazer a contabilização do caixa.

São poucos os gestores que usam esta ferramenta de gestão da maneira correta e, por isso, muitos deles não conseguem fazer o monitoramento adequado dos seus recursos financeiros.

Hoje, nós falaremos mais sobre a demonstração de fluxo de caixa direto e indireto. Especificaremos um pouco mais o que significa cada método e como ele pode ajudar a sua empresa a manter a organização no setor financeiro. Acompanhe!

Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC): O que é?

A Demonstração do Fluxo de Caixa, também conhecido pela sigla DFC, nada mais é do que um relatório financeiro que se baseia nas informações referentes ao Balanço Patrimonial e também do Demonstrativo de Resultados de Exercício, o DRE, para mostrar tudo o que entrou e saiu em dinheiro do caixa do seu negócio, em um determinado período de tempo.

Basicamente, esse demonstrativo de fluxo de caixa está dividido em três ações principais. São elas:

  • Ações Operacionais

O fluxo de caixa para ações operacionais, se refere as receitas e custos relacionados às atividades de entrega e produção de bens e serviços da empresa. Estas transações ficam registradas normalmente na DRE.

  • Ações de Investimento

Estas ações estão relacionadas ao balanço patrimonial, mais precisamente à redução e aumento dos ativos não circulantes, utilizados pela empresa para garantir a sua produção de bens e serviços.

  • Atividades de Financiamento

São ações que incluem os financiamentos e empréstimos de credores e também de investidores a curto prazo. As entradas podem ser exemplificadas como os empréstimos adquiridos no mercado, vendas de ações, dentre outras. Já as saídas, são exemplificadas como os pagamentos dos empréstimos adquiridos, valores pagos a quem é acionista da empresa, dentre outras.

Agora, em relação aos métodos de apresentação do fluxo de caixa, existem basicamente dois: métodos diretos e indiretos.

O que significa método indireto de demonstração de fluxo de caixa?

Para que uma empresa possa utilizar o método indireto de demonstração de fluxo de caixa, ela precisará, antes de qualquer coisa, do balanço patrimonial. Deve ser considerado o balanço que compreende apenas determinado período. A partir desses dados, a empresa deve considerar a variação das contas do ativo.

Em outras palavras, a empresa precisa contabilizar todo o lucro que teve em um determinado intervalo de tempo. Com o valor em mãos, ela deve ajustar esse valor. Mas por que ajustar? Porque alguns fatores podem afetar o lucro. A amortização e a depreciação, por exemplo, afetam diretamente o lucro líquido. No entanto, esses mesmos itens não afetam, necessariamente, o caixa.

Então, calculando a diferença entre os ajustes e o lucro real que a empresa teve, chega-se aos valores produzidos pela empresa e que tenham sido registrados na DRE (Resultado do Exercício).

Caso você não saiba, o DRE é um relatório criado pelo contador de uma empresa. Seu objetivo é indicar todas as operações realizadas pela empresa, com o intuito de apontar se ela ficou no lucro ou no prejuízo, e de quanto foi esse lucro ou prejuízo.

Basicamente, o fluxo de caixa indireto funciona dessa maneira. E o direto? Você sabe como funciona?

O que é fluxo de caixa direto?

O fluxo de caixa direto funciona de forma diferente. Através de relatórios, ele aponta detalhadamente todos os valores utilizados pela empresa. Valores esses referentes aos recebimentos ou pagamentos que uma empresa realizou em determinado período de tempo.

Seu objetivo é destacar de forma clara os resultados brutos. Diferentemente do fluxo de caixa indireto, que aponta os resultados líquidos.

Por isso, o fluxo de caixa direto deve conter informações como:

  • Recursos recebidos dos clientes;
  • Todo tipo de juros ou multa pagas;
  • Todo capital utilizado como forma de pagamento, seja para funcionário, cliente ou fornecedor;
  • Todos os impostos que a empresa deve pagar;
  • Quaisquer entradas ou saídas de capital referentes aos pagamentos e recebimentos da empresa;

A demonstração do fluxo de caixa direto é mais custosa para a empresa. Porém, esse método permite que os dados estejam sempre atualizados e disponíveis para o setor contábil.

Por que a demonstração de fluxo de caixa direto e indireto deve ser utilizada?

A demonstração do fluxo de caixa direto e indireto são essenciais para o setor contábil da empresa. É através da geração do relatório que os gestores responsáveis terão um poder de avaliação maior. Essa avaliação se refere à capacidade de uma empresa, independentemente de seu porte, gerar lucros a partir de suas atividades principais.

Da mesma forma, é através da Demonstração do fluxo de caixa direto e indireto que os avaliadores podem se certificar de que uma empresa terá recursos disponíveis para cumprir com suas obrigações legais, como, por exemplo, o pagamento de imposto, ou até mesmo pagar os dividendos para acionistas.

A demonstração do fluxo de caixa direto e indireto serve também para criar um relatório detalhado sobre todo tipo de transação que acontece dentro da empresa. Alguns exemplos seriam as transações de investimentos, financiamento, parte operacional, etc. O objetivo de utilizar uma DFC é aumentar o ROI da empresa, identificar falhas que possam estar comprometendo a redução de custos pela empresa, dentre outros.

Qual é a vantagem em fazer uma DFC?

Existem várias vantagens para uma empresa realizar uma demonstração do fluxo de caixa direto ou indireto. Confira algumas vantagens abaixo:

  • Uma DFC pode ser muito útil quando comparada a outras avaliações já realizadas sobre futuras previsões do caixa de uma empresa. Dessa forma, fica muito mais simples comparar dados sobre o lucro de uma empresa e o fluxo do caixa líquido. Quaisquer diferenças podem ser facilmente identificadas com a DFC e corrigidas a tempo, quando necessário;
  • Os dados obtidos na DFC podem ser utilizados no futuro. O histórico do caixa pode servir como base para a tomada de decisões mais importantes que envolvam altos investimentos por parte da empresa. As informações também podem ser utilizadas a favor da própria empresa, em relação aos acionistas envolvidos. Um bom histórico trará mais investidores;
  • Quando a DFC é realizada, a empresa cria um método de comparação com o histórico de caixa do passado com o fluxo de caixa futuro da empresa. Não significa necessariamente que a empresa terá a certeza do fluxo de caixa em anos futuros, mas ajudará na tomada de decisões e avaliações posteriores;

Realizar um fluxo de caixa direto ou indireto na empresa é imprescindível. É com base nesses resultados que a empresa ficará apta a decidir melhor o seu financeiro dentro dos próximos anos.

Demonstração dos Fluxos de Caixa e a Lei nº 11.638/07

Antigamente, a demonstração dos fluxos de caixa era algo que não fazia parte dos demonstrativos financeiros obrigatórios de uma empresa, conforme trazia a legislação societária, no artigo 176 da Lei 6404/76. Ainda assim, algumas empresa apresentavam seus demonstrativos de fluxos de caixa em carater complementar, pelo fato de que a maior parte de sua demanda era proveniente do mercado internacional.

Mas, esta é uma realidade que mudou com o surgimento da Lei nº 11.638/07, que estabelece o seguinte: todas as empresas que apresentam capital aberto e fechado com patrimônio liquido até a data do balanço patrimonial no valor inferior a dois milhões, não haverá a necessidade de elaboração da demonstração dos fluxos de caixa.

Isso porque, o objetivo da obrigatoriedade de apresentar o DFC, é basicamente o de ficar por dentro das mudanças que ocorrem constantemente no mercado, para tornar as práticas contábeis da empresa compatíveis com as práticas internacionais. Assim, ela se tornará mais competitiva e também fará com que a analise feita por investidores estrangeiros, seja realizada de maneira mais simples e prática.

Uma forma de facilitar a realização da DFC é utilizando um software de automação empresarial. Nós da Lexos temos a melhor opção do mercado para você!

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